Um em cada cinco brasileiros, moradores das capitais do país, é obeso e mais da metade deles está com excesso de peso. É o que mostram os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde.
Ao mesmo tempo, o consumo regular de frutas e hortaliças aumentou 4,8% de 2008 a 2017, assim como a prática de atividade física no tempo livre, que cresceu cerca de 24% entre 2009 e 2017. Outro dado positivo é que o consumo de refrigerantes e sucos artificiais vem caindo ao longo dos últimos 11 anos: cerca de 53% entre 2007 e 2017.
Crescimento da obesidade entre jovens
Ainda que os números de obesidade e sobrepeso chamem atenção — e preocupem por serem portas de entrada para doenças crônicas como diabetes e hipertensão —, especialistas do Ministério da Saúde explicam que a prevalência estagnou nas capitais do país. O órgão, no entanto, chama a atenção para o crescimento no número de pessoas obesas ou com excesso de peso quando são analisadas faixas etárias específicas. Em dez anos, por exemplo, entre aqueles com idades entre 18 e 24 anos, o aumento foi de 110% no número de obesos. Na faixa de 25 a 34 anos houve alta de 69%.
Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, a pesquisa leva em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC). Por meio dele, é possível classificar um indivíduo em relação ao seu próprio peso, bem como saber de complicações metabólicas e outros riscos para a saúde.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Mais de 55 ml pessoas foram entrevistadas por telefone entre fevereiro e dezembro de 2017, para a pesquisa apresentada hoje pelo ministério.