Não é de hoje que a precariedade prejudica o trabalho dos profissionais e o tratamento de pacientes na rede de saúde do Recife. Assim como em outros setores desta pasta municipal, os médicos que atendem à rede de saúde mental da capital pernambucana também não suportam mais tanto descaso e desrespeito. A categoria se reuniu na terça-feira (23/05), na sede do Simepe, com a direção da entidade. O encontro foi comandado pelos diretores executivos Walber Steffano e Maria de Fatima Campos.
Na oportunidade, o grupo discutiu as precárias condições de trabalho as quais os profissionais são submetidos para realizar atendimento psiquiátrico nos Centros de Atenção Psicossociais (CAPs) da rede. Além disso, a categoria denunciou a falta de exames laboratoriais primordiais para o acompanhamento dos pacientes; de medicações importantes, como Diazepam e Clonazepam, que não tem nem previsão de chegada; e ausência de um transporte adequado para o serviço. Além disso, os locais sofrem com a constante insegurança, inadequada regulação dos pacientes para referência e contra-referência, sem contar o número de profissionais insuficiente para a demanda necessária.
Ao final da AGE, os médicos deliberaram pela adesão à grande Assembleia Geral Extraordinária do dia 07 de junho, às 19h, no auditório da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), juntamente com os profissionais que atendem às urgências e emergências, além das maternidades. Além disso, o grupo também definiu o envio de um ofício à Secretaria Municipal de Saúde em conjunto com a coordenação da rede de saúde mental do CAPs – com o intuito de discutir os problemas.
“Nós percebemos uma falta de estrutura, tanto do ponto de vista físico quanto administrativo, após relatos dos profissionais que atendem nos CAPs. Isso precisa ser discutido o mais brevemente com a gestão municipal para atenuarmos os problemas desses pacientes, que sofrem continuamente”, ressalta o diretor executivo Walber Steffano.
Fonte: SIMEPE