Os médicos residentes estão distribuídos de forma desigual no território nacional. A região Sudeste tem 58,5% dos 35.178 residentes inscritos em 2017 em todos os programas – mais da metade de todo o País. Essa tendência também é característica da distribuição dos médicos especialistas já titulados e em atividade, assim como dos não especialistas.
Por sua vez, a região Sul tem 5.631 residentes, equivalentes a 16% do total nacional. O Nordeste reúne 14,2%, o Centro-Oeste, 7,2%, e o Norte tem o menor grupo de residentes – 1.449, ou 4,1% –, a maioria deles em programas de dois anos de duração (R1 e R2). Somados, Sudeste e Sul reúnem praticamente três quartos de todas as vagas de RM do País.
Quando se considera as vagas ocupadas de Residência em relação à população (taxa de médicos cursando RM por 100 mil habitantes), as diferenças permanecem significativas. Enquanto no Sudeste há 23,7 médicos residentes por 100 mil habitantes e no Sul há 19, no Norte e Nordeste a razão é de 8,1 e 8,7, respectivamente, bem abaixo da média nacional, que é de 16,9 por 100 mil habitantes.
Na distribuição por unidade da federação, São Paulo concentra 34,5% de todos os médicos residentes, ou seja, mais de um terço do total nacional. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 11,4% dos residentes; Minas Gerais, com 11%; e o Rio Grande do Sul, com 7,1%.
Doze das 27 unidades da federação têm, cada uma, 1% ou menos dos médicos residentes do País. Entre os sete estados do Norte, apenas o Pará fica ligeiramente acima dessa linha, com 1,7% dos médicos residentes de todo o País. Na razão de médicos residentes por 100 mil habitantes, o Distrito Federal lidera com 39,3.
Na sequência está São Paulo, com razão de 26,9; Rio de Janeiro, com 24,1; e Rio Grande do Sul, com 21,9 médicos residentes por 100 mil habitantes. No Nordeste, Pernambuco tem razão de 15,1; e a Paraíba, 11. Acre e Roraima têm 12,1 e 13,2, respectivamente, enquanto a média nacional é de 16,9.
Fonte: CFM