Os médicos do Hospital Ouro Verde se reuniram em assembleia na noite desta segunda-feira, 21 de maio, na sede do Sindicato dos Médicos de Campinas (Sindimed) e aceitaram a proposta de pagamento apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em audiência no último dia 15.
De acordo com o presidente do Sindimed, Moacyr Perche, os médicos não tiveram outra saída senão aceitar a proposta. “Somos a categoria mais prejudicada porque seremos os primeiros a ser demitidos e com o maior número de parcelamento a receber. Esse pagamento é um direito individual e inalienável pelo trabalho e compromisso que tivemos com o hospital e a população assistida. Sendo assim, não nos restou outra alternativa. Não temos dúvida que receber o pagamento em dinheiro, mesmo que parcelado da maneira como foi proposta, seja mais vantajoso do que receber na justiça através de precatórios da Prefeitura, o que equivale a não receber”, disse Moacyr.
A prefeitura irá depositar 1,5 milhão por mês, que será igualmente dividido para quatro faixas de valores:
– até 6 mil
– de 6.001,00 até 12 mil
– de 12.001,00 até 24 mil
– acima de 24.001,00
Dos 179 médicos celetistas do Hospital Ouro Verde, 95% se enquadram nas duas maiores faixas de valores, ou seja, serão os últimos a receber a quantia devida. Pelo acordo, os funcionários deverão receber todas as verbas rescisórias, que incluem salário, férias, 13º proporcional, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e multa de 40% sobre o saldo do FGTS, em um prazo máximo de 24 meses.
A próxima audiência no Ministério Público do Trabalho para uma conclusão da proposta acontece na próxima quinta-feira, dia 24, a partir das 9 horas.
Fonte: Sindimed Campinas