O combate ao glaucoma é lembrado neste sábado, 26 de maio. A doença, que causa alteração na pressão dos olhos e danos no nervo óptico, afeta mais de 2 milhões de pessoas no Brasil. Em 80% dos casos, o glaucoma não apresenta sintomas no início, mas em fase avançada pode causar cegueira.
Por isso é importante o diagnóstico precoce, que pode ser feito pelo oftalmologista em consultas de rotina. O oftalmologista Cristiano Caixeta, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), explica que diagnosticar a doença cedo é crucial para evitar a perda da visão. No Brasil, o tipo mais frequente é o glaucoma primário de ângulo aberto, mas existem vários outros.
“A doença é um desbalanço entre o líquido que é produzido dentro do olho e tem de ser escoado, o que faz com que a pressão do olho se eleve e cause uma lesão no nervo ótico. Quando ele sofre essa lesão, vai diminuindo o campo de visão”, esclarece.
O especialista identifica sinais iniciais do glaucoma por meio de procedimentos como o exame do fundo do olho, a medida da pressão intraocular e o exame de campo visual. “Muitas vezes, a pessoa vai a uma ótica, troca os óculos e acredita que a saúde dos olhos está bem, perdendo a oportunidade de diagnosticar o problema. Enxergar não significa que a saúde ocular esteja em dia”, alerta Caixeta.
Pessoas negras, idosos, que têm alto grau de miopia ou espessura fina da córnea e são familiares de portadores de glaucoma têm maior propensão: a chance de desenvolver o problema é de sete a dez vezes maior quando se tem um parente de primeiro grau com glaucoma.
Tratamento
Não existe cura para o glaucoma, mas ele pode ser controlado com colírios, laser e, em último caso, cirurgia. Com o tratamento, a pressão do olho é estabilizada e a perda da visão é evitada. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece consultas, exames de diagnóstico, acompanhamento, tratamento oftalmológico, cirurgias e implante de prótese.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de procedimentos realizados tem crescido: em 2016, foram realizados no SUS 223,2 milhões de procedimentos que correspondem a R$ 2,74 milhões. O número é 27% maior do que em 2015, quando foram registrados 175,3 milhões de procedimentos no valor de R$ 2,2 milhões.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde, Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO