Visando amenizar os problemas conhecidos pelos médicos nefrologistas e seus pacientes, o Simers participou nessa segunda-feira (16) de uma reunião com a senadora Ana Amélia Lemos, a deputada estadual Liziane Bayer e integrantes da Sociedade Gaúcha de Nefrologia.
Além da criação da Frente Parlamentar criada junto com a deputada Liziane, o Simers entende que precisa de uma ajuda federal. “Estamos compilando todas as legislações de direitos e deveres da hemodiálise”, destacou a diretora do Simers Gisele Lobato. Na ocasião, a diretora entregou documento contendo informações importantes sobre a situação da nefrologia no estado.
No Rio Grande do Sul, conforme dados de dezembro de 2017, têm em tratamento pelo SUS 4.860 pacientes em hemodiálise e 377 pacientes em diálise peritoneal. Através de convênios, apenas 550 pacientes. Isso significa um total de 6.000 pacientes gaúchos em diálise, mais de 90% pelo SUS. Embora o Ministério da Saúde invista R$ 2,7 bilhões anuais nesta área, este valor está inalterado nos últimos cinco anos. Após quatro anos, em 2017 o Ministério reajustou o valor da sessão em 8,47%, o que não cobre a alta de insumos, dissídios trabalhistas ou a própria inflação nominal. Outro ponto grave é a falta de nefrologistas, pois as vagas de residência médica não têm sido preenchidas por desmotivação dos jovens médicos em atuar em uma área exaustiva e desvalorizada.
Com base nos números abordados na reunião, a senadora se comprometeu a levar à Brasília documento com as seguintes pautas da categoria: reajuste anual da inflação; desoneração da incidência do IR em 8% para pessoa jurídica que atender SUS e alteração da lei que tornou compulsória a cobrança do ISSQN cobrado das prefeituras sobre o faturamento das clínicas. Não havendo esse reajuste, então que pelo menos haja a compensação na redução do IR. Ana Amélia pedirá apoio ao senador Eduardo Amorim e ao deputado federal Luiz Henrique Mandetta, que atua junto com o Simers na Frente Parlamentar da Medicina. Com adesão dos parlamentares, a senadora pretende levar o assunto ao novo Ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Fonte: SIMERS