Mais um exemplo de má administração em hospitais do Estado. Durante uma vistoria realizada nos serviços de saúde de Porto Alegre durante a última segunda-feira (26), o Simers identificou uma série de irregularidades no Hospital Presidente Vargas (HPV). Os problemas mais graves foram encontrados na área de obstetrícia – entre eles, estão a falta de aparelhos básicos, a subutilização do hospital e a dificuldade de diálogo com a administração.
O quadro de uma das maiores maternidades da capital gaúcha é crítico. Espaços nobres que poderiam ser dedicadas à assistência médica estão sendo utilizadas como almoxarifado, enquanto pacientes chegam a todo o momento. Na obstetrícia, o cenário é caótico. Não há maca para mulheres obesas. Para piorar, os próprios residentes têm sido demandados a informá-las de que o hospital não tem condições de atendê-las.
Também faltam aparelhos básicos no HPV. A ala conta com apenas um sonar e um map para três salas de parto. Outro problema que chama a atenção é a falta de pia no consultório de admissão – uma exigência da lei. A Vigilância Sanitária foi acionada e, até o momento, não tomou providências.
Conforme os especialistas, há uma grande dificuldade de interlocução com a gestão do HPV. Alguns deles buscam reduzir a própria carga horária para se afastar desse ambiente e se proteger do assédio moral.
Para completar, a equipe de médicos está subdimensionada. Atualmente, há 17 médicos para fechar a escala de plantões – quando o número mínimo para atender o hospital seria de 20. Mesmo assim, a administração rejeita a possibilidade de contratar mais profissionais.
Diante de todas as irregularidades constatadas, o Simers irá entrar em contato com os gestores para cobrar as devidas melhorias no HPV.