Com o intuito de levar à sociedade a discutir os desafios e as perspectivas na área da saúde no Pará, aconteceu na tarde desta terça-feira (13), no Sindmepa, uma mesa redonda sobre os resultados do Boletim da Saúde no Pará 2017, promovida pela Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), com apoio do Sindmepa.
Durante o evento, a diretora de Estudos Socioeconômicos da Fapespa, Geovana Pires, apresentou o Boletim da Saúde e ressaltou algumas informações como a cobertura populacional estimada pelas equipes da atenção básica no estado do Pará que no ano de 2011 era de 46,62% e em 2015 subiu para 58,03%. O documento observa que “houve um crescente aumento de cobertura nos últimos cinco anos. Porém, ainda há desafios a ser superados”.
A proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal, também foi avaliada pelo boletim, que ressaltou que o percentual de mulheres que não realizaram nenhuma consulta pré-natal durante a gravidez ainda é elevado nas regiões Marajó II com 22,2%; Rio Caeté com 17,65% e Xingu com 11,81%. Nas demais regiões, o índice ficou abaixo de 5,5%.
O documento mostra também que a taxa de mortalidade infantil, que compreende a primeira semana de vida, reduziu de 9,56% para 8,39% no estado entre os anos de 2011 e 2015. Já a taxa de mortalidade materna subiu de 59,8% para 66,43%, entre os anos de 2011 e 2015.
Para Geovana Pires, no geral, pode-se dizer que a situação da saúde no Pará tem melhorado ao longo dos anos, porém o estado ainda possui grandes desafios a alcançar.
De acordo com o diretor do Sindmepa Waldir Cardoso, a parceria entre Sindmepa e a Fapespa visa apoiar o Boletim da Saúde e selecionar essas informações para discutí-las com os profissionais de saúde. “Algo que estavamos precisando há bastante tempo e que, agora, com este material os profissioais de saúde e gestores podem se debruçar para discutir e buscar alternativas de melhorias, além de analisar eventuais problemas que vem acontecendo”, disse.
“Nosso objetivo é o de fomentar o processo de controle social das ações de governo na área de saúde”, afirmou o predisente da Fapespa, Eduardo Costa. Ele ressaltou que o evento recebeu diversas pessoas e entidades que puderam fazer considerações, a partir dos dados apresentados pela Fapespa, que podem ser considerados para fim de planejamentos.
O Boletim da Saúde do Pará 2017 foi uma elaboração da Fapespa, produzido a partir de informações do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA), com o objetivo contextualizar a situação da saúde no estado do Pará e apresentar a cobertura dos serviços públicos.
Acesse o Boletim da Saúde do Pará 2017 AQUI
Fonte: Sindmepa