Mais um episódio envolvendo as unidades de Saúde do Estado evidencia a política do governo para a área: a prioridade continua sendo a construção de novos hospitais.
Repito: serão bem-vindos e poderão ajudar muito, desde que sejam mantidos com planejamento e respeito.
Não é o que tem acontecido até agora com as unidades existentes.
Desde o início do governo Renan Filho as denúncias de desabastecimento – uma parte do problema – têm sido constantes.
A lembrar: por mais de uma vez, o HGE não entrou em colapso absoluto graças ao socorro que foi prestado pela rede privada – com destaque para o Hospital do Açúcar.
O atual secretário da Saúde, Christian Teixeira, já assumiu o caro em meio a denúncias e duas operações da Polícia Federal, por motivos diferentes.
Aliás, apesar da sua proximidade com o próprio governador, várias ordens de pagamento autorizadas por ele foram esquecidas nas gavetas palacianas.
Mais recentemente, o Hospital Escola Hélvio Auto voltou a funcionar – depois de longo período – graças à intervenção da Defensoria Pública, que buscou a Justiça para conseguir o que sempre pareceu uma necessidade urgente.
O caso da Santa Mônica, agora, que provocou uma reação – a primeira pública – do governador Renan Filho deixa ainda mais evidenciada a política do “cimento na veia”, que tem caracterizado a atuação do governo numa área tão sensível e fundamental.
A abertura dos leitos de UTI na maternidade estadual é uma necessidade – apontam o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal -, desde que seguindo os protocolos vigentes (onde estão o Sindicato dos Médicos e o CRM?).
O governador reagiu à declaração da promotora Micheline Tenório, que classificou como “irresponsabilidade” o funcionamento das UTIs sem as condições básicas necessárias.
Alguém da área – Fábio Farias? – poderia tentar convencer o governador de que as duas situações – construção de novas unidades e manutenção das existentes – não devem ser excludentes.
Alagoas precisa de novos hospitais – uma verdade inquestionável.
Alagoas precisa que os hospitais existentes funcionem com dignidade, sem que seja a Justiça o caminho inevitável da Saúde Pública.
Fonte: tnh1 e Correio do Povo AL