Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, é uma data criada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), em 2005, para conscientizar a população mundial sobre a doença e incentivar as pessoas a falarem mais sobre o assunto no dia a dia.
Neste ano, o INCA escolheu como tema o estigma social do câncer. A campanha tem o objetivo de desmistificar marcas negativas associadas à doença, como emoções tristes ou até a morte, por meio do compartilhamento de experiências de pessoas que tiveram a doença e o foco no acolhimento e apoio da família.
Além disso, a campanha abordará o problema da desinformação provocado pela veiculação de notícias falsas e equivocadas sobre o tema, que podem atrapalhar a prevenção e o tratamento do câncer.
Todo esse movimento segue ainda a campanha criada em 2016 pela UICC para o triênio 2016-2018 que tem como slogan: “Nós podemos. Eu posso”. O objetivo é mostrar como todas as pessoas do mundo – em grupo ou individualmente – podem agir de diferentes maneiras para reduzir o impacto do câncer no planeta.
Além disso, a campanha abordará o problema da desinformação provocado pela veiculação de notícias falsas e equivocadas sobre o tema, que podem atrapalhar a prevenção e o tratamento do câncer.
Estimativa câncer 2018/2019: Incidência do câncer no Brasil
Entre os muitos papéis que o INCA desempenha no controle do câncer, estão ações relacionadas à vigilância. Entre elas, a publicação, a cada dois anos, de estimativas de casos novos da doença.
Essas informações, produzidas seguindo rigorosos critérios científicos, têm o objetivo principal de apoiar o gestor no planejamento de políticas públicas de prevenção, detecção precoce e tratamento dos cânceres mais incidentes, de acordo com a realidade de cada estado ou região geográfica.
Para o biênio 2018-2019, a Divisão de Vigilância e Análise de Situação, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, responsável pela compilação das informações, analisou os 19 tipos de câncer mais incidentes na população brasileira, sendo 18 nas mulheres e 15 entre os homens.
Os outros tipos de câncer incluídos no levantamento são: esôfago, bexiga, laringe, leucemias, Sistema Nervoso Central, Linfoma de Hodgkin, Linfoma não Hodgkin, melanoma, corpo do útero e ovário.
Distribuição por região geográfica
A distribuição por região geográfica mostra que as regiões Sul e Sudeste concentram 70% da ocorrência de casos novos. Nas regiões Sul e Sudeste, predominam os cânceres de próstata e de mama, bem como os cânceres de pulmão e de intestino. A Região Centro-Oeste, apesar de semelhante, incorpora em seu perfil os cânceres do colo do útero e de estômago entre os mais incidentes.
Nas Regiões Norte e Nordeste, apesar de também apresentarem os cânceres de próstata e mama entre os principais, a incidência dos cânceres do colo do útero e estômago tem impacto importante. A Região Norte é a única do país onde as taxas dos cânceres de mama e do colo do útero se equivalem entre as mulheres.
Evite comparações
As estimativas não devem ser utilizadas para analisar tendências temporais. A permanente produção de informações sobre a incidência de câncer, assim como alterações na metodologia de cálculo, impede a comparação de estimativas de diferentes períodos. Essa também é a indicação do projeto Globocan, da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS), que calcula as estimativas mundiais para incidência de câncer.
As estimativas devem ser usadas para planejar ações futuras e não para fazer comparações históricas.
Fonte: Inca
Foto: Cura Pela Vida