A greve dos médicos da rede municipal do Recife teve início ontem. 18 de janeiro, com visitações aos postos de Estratégia de Saúde da Família (PSFs) e unidades de saúde, para registrar, principalmente, os que estavam funcionando em situação precária. Os profissionais, que seguem em greve por tempo indeterminado, também realizaram o trabalho de conscientização sobre a necessidade de paralisação da categoria nos locais de trabalho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, mais de 90% dos profissionais de saúde da PCR aderiram ao movimento grevista. “Nós estamos tentando negociar com a prefeitura desde o primeiro semestre do ano passado, mas eles não apresentaram propostas que atendam aos nossos pleitos. Após várias paralisações, infelizmente tivemos que chegar ao ponto de greve para conseguir que nossos direitos sejam garantidos”, argumentou. Atualmente, mil médicos integram a rede municipal de saúde básica em 122 unidades regularizadas pela gestão municipal.
Não estão funcionamento os atendimentos eletivos, postos e unidades de Saúde da Familia (PSFs/USFs), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e ambulatórios. Os setores de urgência, emergência e maternidade seguem atendendo normalmente os usuários.
Falta de medicamentos e estrutura nos locais de trabalho, ausência de segurança nas unidades da rede de saúde, déficit de profissionais médicos e falta de reajuste salarial são algumas das reivindicações da categoria, que decidiu entrar em greve depois da AGE da categoria, na semana passada. Nova AGE está marcada para a próxima quinta-feira (25), quando será avaliado e deliberados os novos rumos do movimento.
Fonte: SIMEPE