No ano passado, o Estado de Pernambuco continuou a se destacar no número de transplantes realizados (1.790 – maior número desde a criação da Central de Transplantes de Pernambuco, em 1995). Mas um outro número chama a atenção em 2017: 89 pessoas morreram em 2017, no Estado, em fila de espera por um órgão ou tecido. Entre esses pacientes, 40 aguardavam um fígado e 42 um rim. Os demais precisavam de outros órgãos ou tecidos.
O número de óbitos de 2017 é 15% menor do que em 2016, com 105 mortes. Quebrar mitos ao redor da importância da doação de órgãos é um caminho para salvar mais vidas.
“A Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), junto aos serviços de saúde e os profissionais envolvidos nesse processo, tem trabalhado permanentemente para diminuir o tempo de espera de um paciente em fila de espera, seja por meio de capacitações das equipes hospitalares ou pela conscientização do público”, afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes. Ela lembra que, em 2017, Pernambuco conseguiu retomar o status de córnea zero, condição em que o paciente, depois de realizar os exames necessários para ser inscrito na fila de espera, faz o transplante em até 30 dias. “Além do recorde no número total de transplantes, também batemos o recorde de transplantes de coração e de rim. Isso significa mais esperança para a população e vida para quem consegue um órgão ou tecido”, acrescenta Noemy.
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Durante todo o ano de 2017, Pernambuco concretizou 1.790 transplantes. O quantitativo é 22,27% maior do que o mesmo período de 2016, com 1.464 procedimentos. O maior crescimento foi nos transplantes de coração, com 54 em 2017 e 38 em 2016 (aumento de 42%). Em seguida, vem rim: 404 em 2017 e 286 em 2016 (aumento de 41%).
Ainda foram realizados 225 procedimentos de medula óssea (187 em 2016 – crescimento de 20%), 968 de córnea (827 em 2016 – ampliação de 17%), 129 de fígado (112 em 2016 – aumento de 15%). Também foram feitos 6 transplantes de rim/pâncreas, 2 de fígado/rim e 2 de válvula cardíaca.
Pernambuco ainda teve um aumento de doadores por milhão de população (pmp). Em 2016, o número era de 15 doadores por milhão de população. Em 2017, o quantitativo ficou em 20 pmp, também o maior da história do Estado. O recorde anterior era de 2015, com 18 pmp.
Fonte: Casa Saudável (JC)/ SIMEPE
Foto: Agora RN