Os médicos que atuam no Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, estão em alerta. Com um déficit de mais de R$ 200 mil por mês, a instituição tem feito os pagamentos de honorários fora do prazo. Os salários de novembro e dezembro, por exemplo, ainda não foram quitados. Já adicionais como férias e 13º não são pagos integralmente desde 2016. Preocupados, os servidores paralisaram as atividades entre a quarta e a quinta-feira desta semana (dias 10 e 11). E muitos já pedirem demissão do hospital – que já está sob intervenção.
Nesta semana, a convite do Ministério Público de Osório, o Simers participou de uma reunião com representantes da administração do Hospital São Vicente de Paulo e com o secretário municipal da Saúde, além de membros da Secretaria Estadual da Saúde e do Sindisaúde. Na ocasião, foram debatidas alternativas para reverter os problemas. A administração do hospital alega que as dívidas são causadas pelo atraso nos repasses do Estado. Sem esse dinheiro, a administração do hospital não estaria conseguindo cumprir suas obrigações perante o quadro de funcionários.
Para o diretor do Simers André Gonzales, o auxílio ao São Vicente de Paulo depende também das forças políticas do município. “Nós não podemos permitir que o hospital, o único da cidade, feche um leito sequer. Para isso, vamos entrar em contato com deputados da região, pois a ajuda das forças políticas, independente de partido, será fundamental”, salientou Gonzales.
Uma nova reunião no Ministério Público de Osório está agendada para a próxima quinta-feira (18/jan), quando a prefeitura deverá responder em relação ao pedido de repactuação feito pelo hospital. O Estado também trará as medidas possíveis depois de avaliar o quadro financeiro que a instituição se comprometeu a encaminhar. Para esse novo encontro, o MP irá convidar também o prefeito e deputados ligados ao município de Osório.
Fonte: SIMERS
Foto: Guilherme Tubino/Simers
