Profissionais das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Florianópolis, no Norte e no Sul da Ilha, iniciaram nesta segunda-feira, 11, uma mobilização por tempo indeterminado pela regulamentação das escalas de plantão. Com isso, as UPAs estão atendendo apenas casos classificados nas categorias vermelha e amarela, com dor aguda ou risco de morte. Além da falta de funcionários e da precarização dos equipamentos, os profissionais criticam o projeto de lei da prefeitura que prevê o aumento do número de plantões “de forma irresponsável”.
De acordo com nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), o aumento dos plantões da forma que está colocado levará os “profissionais à exaustão e colocará em risco o atendimento à população”. O projeto de lei complementar 1.686/17, que tramita na Câmara de Vereadores, prevê jornadas de 12 horas por dia, durante 18 dias do mês, sendo 13 plantões e cinco sobreavisos.
Outro ponto de contestação dos trabalhadores da Saúde em Florianópolis é a contratação, pela primeira vez, de médicos terceirizados para atendimento nas UPAs durante o verão. De acordo com o Sintrasem, já houve um concurso público para a contratação de profissionais, mas a prefeitura ainda não fez a convocação dos aprovados.
Em nota, a Prefeitura de Florianópolis informa que “as UPAs estão atendendo em regime de urgência e emergência e que a reivindicação dos médicos das unidades, regulamentação de plantões, já foi enviada para a Câmara de Vereadores em outubro, conforme combinado e comunicado com os profissionais da saúde. Agora, é necessário aguardar a tramitação da matéria e aprovação por parte dos vereadores, que deve acontecer até quarta-feira. A Prefeitura reitera que paralisar os serviços nas UPAS prejudica a população e não colabora para a resolução do problema”.
Fonte: Diário Catarinense
Foto: Betina Humeres / Agencia RBS