A Federação Médica Brasileira (FMB), repudia a decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) que por 6 votos a 2, decidiu, no dia 30 de novembro, manter as regras do programa Mais Médicos, alegando que a ação ajuizada pela Associação Médica Brasileira (AMB) questionando a dispensa de revalidação dos diplomas e o tratamento diferenciado aos cubanos não fere a Constituição do Brasil.
Mais uma vez o STF foi insensível às verdadeiras necessidades da população.
Nos consultórios, ambientes criados para dissipar angústias e curar doentes, vemos estabelecer-se a fase do ‘acolhimento médico sem conhecimento técnico científico’. Vale dizer: “A pajelança está estabelecida”! Mas só para os cidadãos de “segunda categoria”, tendo em vista que, as elites financeiras, quando doentes, têm acesso às mais modernas práticas médicas, os melhores profissionais, recursos e estrutura. Os integrantes do STF não imaginam o que é esperar numa fila para realizar uma mamografia tão pouco, sabem o que ter que recorrer à justiça para garantir o acesso a um medicamento básico que não foi comprado pela má aplicação (ou desvios flagrantes?) de recursos públicos.
O programa Mais Médicos, agora avalizado pelo STF, é um abuso continuado. Tão continuado quanto o despreparo dos políticos gestores que, ao invés de buscarem assegurar a assistência médica de qualidade para todos os brasileiros preferiram (e preferem!) fazer de conta que a solução posta atende os que mais precisam.
Os números pífios no atendimento, a distribuição litorânea, a baixa resolutividade, a necessidade do matriciamento por parte dos médicos brasileiros, demonstram a miragem que é este programa. Satisfeitos com o Mais Médicos mesmo, apenas a ditadura cubana, que enche as burras com recursos financeiros que nos são tão caros e tão raros, nestes tempos de corrupção e desonestidade.
O Brasil está mudando, e nós com ele.
A Federação Médica Brasileira, ao tempo em que volta a denunciar os malefícios causados por este deletério programa que só engana a população, reforça que, se esta é a nossa Corte Suprema, vamos perseverar e continuar orientando os médicos, esclarecendo a população e prosseguindo na luta por um Brasil melhor, democrático, igualitário, irmão.
11 de dezembro de 2017.
Federação Médica Brasileira – FMB