O sindicato dos médicos de Campinas e região entrou com uma representação na justiça por suposta prevaricação dos secretários municipais de negócios jurídicos, Sílvio Bernardin, e de relações institucionais, Wanderley de Almeida, por suposta prevaricação. Os dois integrantes do primeiro escalão do governo Jonas Donizette foram flagrados, através de uma escuta telefônica autorizada pela justiça, discutindo formas de pressionar os médicos que atendiam pela Organização Social Vitale no Hospital Ouro Verde a aceitar as condições impostas pela empresa, para que colocassem fim a greve da categoria.
Os médicos haviam entrado em greve por causa dos constantes atrasos nos salários e também pela falta de estrutura para o trabalho dentro da unidade hospitalar. Mesmo depois de receber os vencimentos, os profissionais de saúde continuaram paralisados, aguardando uma vistoria do Conselho Regional de Medicina sobre as condições para o exercício da atividade. No áudio disponibilizado pelo Ministério Público, Bernardin e Wandão buscavam alternativas para colocar fim a greve, tentando principalmente desqualificar a atuação do sindicato que representa a categoria.
A divulgação do áudio revoltou os representantes do sindicato dos médicos, que acusam os secretários de governo de prevaricação. Segundo o presidente da entidade, Casemiro dos Reis, o áudio do Ministério público deixa claro que a Vitale não cumpria com o contrato que mantinha com a prefeitura. Em nota, a prefeitura de Campinas afirma que o diálogo mostra os problemas da administração com a Vitale e que o enfrentamento era feito com firmeza pelo secretariado.
Fonte: CBN Campinas, por Henrique Bueno