O médico Eduardo Luís Vieira, presidente do Simesul (Sindicato dos Médicos de Sorocaba), divulgou nota na manhã de hoje alertando à sociedade de que o prefeito de Sorocaba, José Crespo, e o secretário da Saúde da Prefeitura, Ademir Watanabe, preparam a terceirização dos serviços da Policlínica e às unidades de pronto atendimento da Zona Norte, Zona Oeste, Laranjeiras, Brigadeiro Tobias e São Guilherme.
Na prática, os profissionais que trabalham nessas unidades (médicos e funcionários) deixam de ser concursados e funcionários da prefeitura e são contratados. Modelo como este existe desde a gestão do prefeito Pannunzio na UPH (Unidade Pré-Hosptalar) da Zona Leste e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Éden onde a Oscip (Organização Social) BOS (Banco de Olhos de Sorocaba) é quem recebe o dinheiro da prefeitura para fazer todo o gerenciamento de atendimento e custos das unidades.
Até o fechamento desta postagem a prefeitura não se manifestou a respeito da desconfiança manifestada pelo sindicato dos médicos.
Leia a seguir a íntegra da Nota Oficial do Simesul:
O Sindicato dos médicos vem manifestar sua preocupação com algumas medidas que podem vir a ser tomadas pela prefeitura de Sorocaba. As medidas se referem à Policlínica e às unidades de pronto atendimento da Zona Norte, Zona Oeste, Laranjeiras, Brigadeiro Tobias e São Guilherme.
Em relação à policlínica, existe a intenção de fazer a reforma e o fechamento provisório ou definitivo daquele próprio municipal. Lamentamos que a estrutura física daquela unidade histórica, que foi inaugurada na gestão do prefeito Renato Amary, tenha se deteriorado por falta de manutenção do prédio. Não há necessidade de fechamento da policlínica enquanto se fizer a devida reforma. Será uma grande perda para a cidade a descontinuidade de um serviço de especialidade tão importante como aquele.
Juntamente com o fechamento da policlínica, observamos a movimentação no sentido de terceirizar aquele serviço, bem como Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e unidades pré-hospitalares (UPH). Terceirizar, além de ser uma confissão de incapacidade gerencional, haja visto que as unidades terceirizadas não mostraram melhor atendimento, nem menor custo ao município, é um desrespeito a um termo de ajuste de conduta assinado entre a prefeitura e o ministério público. Neste TAC, a prefeitura peremptoriamente se compromete em não terceirizar unidades já em funcionamento.
O sindicato dos médicos (Simesul) irá aplaudir todas as iniciativas que visem melhorar a assistência à população, mas não aceitará iniciativas que visem enfraquecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e reafirma que a prefeitura necessita planejar a realização de concursos públicos para a contratação de mais médicos para recompor o quadro de funcionários que foi perdido ao longo dos últimos anos seja por pedido demissão ou aposentadoria, a fim de ter médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Não serão medidas heterodoxas como a terceirização que irão solucionar o problema. Pelo contrário, tais medidas têm se mostrado desastrosas.
O sindicato também está preparado para tomar todas as medidas jurídicas cabíveis para que o TAC seja cumprido pela prefeitura.
Fonte: O de da questão