Parentes de pacientes denunciam que existe um ‘engarrafamento de macas’ nos corredores do Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife. Imagens enviadas para o WhatsApp da TV Globo mostram a superlotação da unidade, referência em traumas. Doentes ficam um do lado do outro, independentemente do tipo de diagnóstico. Muitos esperam em cadeiras, porque não há leito disponível. A Secretaria Estadual de Sáude (SES) justificou que os problemas são motivados por obras no prédio.
O vídeo foi enviado por um acompanhante de um doente, que preferiu não ser identificado. Ele conta que não aguenta mais ver essa situação. Pelas imagens, é possível ver que o espaço é tão limitado que os acompanhantes circulam com dificuldade. A quantidade de pessoas é tanta que a enfermaria se confunde com a recepção. É quase impossível distinguir onde começa uma e termina a outra. Veja o vídeo AQUI
Resposta
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde disse que a unidade de saúde passa por uma reforma e ampliação da emergência. Segundo a pasta, as obras, que têm prazo de conclusão para o início de 2018, vão trazer maior conforto para os pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde. As informações, segundo a SES, foram repassadas pela direção do Getúlio Vargas.
A direção do HGV reconheceu que a procura de pacientes pela emergência da unidade é grande por ser referência no atendimento de diversas especialidades, inclusive trauma. A nota ainda ressaltou que o hospital, mesmo com uma grande quantidade de pacientes, não recusa ninguém e garante a assistência de todos que dão entrada na emergência.
A direção ainda afirmou que o serviço está funcionando em plena capacidade com todos os leitos disponíveis, bem como os blocos cirúrgicos. Ela também alegou que vem trabalhando com a SES para tornar mais rápido a realização de exames, cirurgias e demais atendimentos para aumentar a rotatividade dos leitos.
Lotado há três meses
Em agosto desde ano, imagens enviadas para o WhatsApp da TV Globo já mostravam a situação precária na unidade de saúde. Corredores lotados, pacientes internados dormindo em cadeiras e acompanhantes tendo que realizar atividades de auxiliar de enfermagem.
Além dos leitos todos ocupados, pessoas em pé e uma grande circulação de gente na ala da emergência. A cena se agravou nos corredores do hospital. Pacientes amontoados e numa posição nada confortável.
Quem estava como acompanhante também foi obrigada a atuar como enfermeiro. A parente de uma pessoa internada, que pediu para não ser identificada, contou que precisou trocar os curativos do avô.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/ Tv Globo