Médicos da rede municipal do Recife realizam nesta terça-feira, 7 de novembro, uma paralisação parcial de advertência com o intuito de pedir melhores condições de trabalho e reajuste salarial da categoria. Com a mobilização, os serviços ambulatoriais ficam suspensos até a quarta-feira (8), mas os trabalhos de urgência, emergência e maternidades funcionam normalmente.
Liderada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a mobilização busca reivindicar segurança nas unidades de saúde e reajuste salarial para a classe médica. Ao todo, segundo o Simepe, cerca de mil pessoas compõem a rede médica da cidade. Cerca de 50% dos trabalhadores estão paralisados.
Presidente do sindicato que representa a categoria, Tadeu Calheiros afirma que a pauta principal dos médicos é a recolocação de vigilantes nas unidades.
“Temos casos de agressões e até de um sequestro que houve dentro de uma unidade de saúde. A sensação de insegurança é diária. Também queremos a recomposição do quadro de médicos, porque a falta de profissionais acaba desfalcando gravemente o trabalho nas unidades de saúde. A prefeitura ofereceu 0% de aumento neste ano e não há provisões para 2018”, disse Tadeu.
Em nota, a Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife afirmou que realizou diversas reuniões de negociação com o Simepe e “continua aberta ao diálogo”. O documento diz, ainda, que os “médicos servidores do município tiveram ganhos cerca de 10% acima da inflação desde 2013. Foram nomeados 764 novos médicos no período”.
Com relação às condições de trabalho, a prefeitura afirmou que investiu R$ 200 milhões nos últimos cinco anos, nas unidades de saúde municipais.
Outras paralisações
Em outubro, a categoria também realizou uma paralisação de advertência, iniciada no dia 18 e finalizada no dia 19. Outra mobilização ocorreu em setembro, entre os dias 20 e 22. Os serviços ambulatoriais foram suspensos para reivindicar reforço na segurança das unidades de saúde e reajuste salarial para a categoria.
O desejo de mais segurança nos locais de trabalho também foi expressado pelos profissionais durante uma outra paralisação realizada nos dias 26 e 27 de julho. Apesar da suspensão de atendimentos agendados e serviços ambulatoriais, o atendimento de urgência, emergência e em maternidades foram mantidos.
Fonte: G1
Foto: Andrea Rêgo Barros/PCR