Saúde mental foi a pauta da reunião desta terça-feira (31/10) do presidente do Cremepe, André Dubeux, e da diretoria da Sociedade de Psiquiatria de Pernambuco com o secretário Municipal de Saúde, Jaílson Correia, e sua equipe de gestão, na sede da prefeitura, localizada no cais do Apolo. O encontro foi solicitado pela sociedade de especialidade afim “de tentarmos algo com resultados práticos no sentido de melhoria da saúde mental”, explicou Antônio Peregrino, diretor da sociedade que iniciou as falas da reunião. Ele ainda destacou a necessidade da participação da SPP nas ações da prefeitura.
Para o presidente do Cremepe a reunião foi de extrema importância, pois, trouxe para discussão com a gestão municipal uma área que há muito se discute no Cremepe, atráves do grupo de Trabalho de Psiquiatria, mas é preciso que todas as instancias de saúde estejam integradas. Temas como suicídio, por exemplo, devem ser cada vez mais desmistificados. “
Já a tesoureira da sociedade, Milena , que trabalha no Clementino Fraga para traçar o cenário da saúde mental no Recife, pontuou os principais problemas enfrentados pela equipe. Para a especialista o principal problema, hoje, é a falta de medicação. “A situação é grave porque faltam 3 antidepressivos e 2 tipos de anticonvulsivantes”, assim, a continuidade do tratamento é comprometida. Destacou a questão da marcação de consultas, segundo a médica para primeira consulta, hoje, o paciente tem que esperar de 6 a 9 meses. Também falou sobre a falta de psiquiatras na rede e também de psicólogos para encaminhar os pacientes. Ainda de acordo com a médica não há segurança no trabalho e nem um fluxo para o paciente.
O secretário de Saúde, Jaílson, achou louvável a iniciativa do encontro e destacou a necessidade de funcionamento da rede de saúde. “Não é ajudar a rede, mas estarmos na rede de assistência”, disse. Ele reconheceu os déficits das medicações e se referiu principalmente ao financiamento do SUS e crise que o país enfrentou. Disse que dos 63 psiquiatras do Recife, 45 foram nomeados de 2013 para cá e que atualmente são disponibilizadas 190 vagas para residência psiquiátrica.
Fonte: SIMEPE