A Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, integrou nessa terça-feira, dia 07 de novembro, em Brasília/DF, a mesa solene do 1º Encontro Nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores pela Resistência – Por um Brasil Melhor. Com a presença de parlamentares do Congresso, representantes da sociedade civil organizada e dirigentes sindicais de trabalhadores de todo o país, foi aprovado, por unanimidade, a Carta-Documento que faz referência à interpretação da nova legislação da reforma trabalhista, bem como a nota de repúdio sugerida pelo presidente da CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, contra a postura do presidente do Tribunal Superior do Trabalho – TST, Ives Gandra da Silva Martins Filho, de defesa da redução de direitos dos trabalhadores.
A Carta-Documento aprovada será entregue aos presidentes do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Procuradoria Geral do Trabalho e no Supremo Tribunal Federal (STF), Ministério Público do Trabalho (MPT) em audiências já solicitadas. O documento será entregue juntamente com as assinaturas coletadas nos eventos estaduais realizados pelo FST, com o apoio das Confederações filiadas, para revogação da lei da reforma trabalhista.
O presidente da CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, fez menção à ofensa moral mencionada pelo ministro do TST, que desencadeia, ainda mais no Brasil, o desiquilíbrio social e a falta de respeito com o trabalhador, com a precarização das relações de trabalho. Para o dirigente sindical, o próprio corpo do Tribunal Superior do Trabalho já se manifestou majoritariamente contra a postura do ministro, que não se faz representar a própria essência da casa, que é justiça do trabalho no país.
Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), o momento de resistência à retirada de direitos está ao alcance de todos, pois a população é a maioria. Paim também ressaltou a importância do voto e citou a poesia do “voto e o pão”. Para ele, o país precisa de uma frente ampla nacional que realmente esteja comprometida com os direitos e bem-estar da população, com mobilização suprapartidária. “Em nome das grandes causas, em nome do povo brasileiro, continuaremos juntos pelos trabalhadores. Nós acreditamos neste país que tem tudo para dar certo. O meu diálogo é com todos, mas minha luta sempre foi e sempre será pelos trabalhadores do campo e da cidade, da área pública e privada. Vida longa à classe trabalhadora e ao movimento sindical”, enfatizou.