Em assembleia realizada no auditório do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), no dia 5 de outubro, foi discutida a redução do número de médicos por plantões nos prontos-socorros (PSs) de Osasco, o que vem causando sobrecarga das equipes, aumento de filas de espera e estresse à população. O encontro teve a presença do presidente do Simesp, Eder Gatti, e dos profissionais dos PSs do município.
Como medida de redução de custos, a prefeitura de Osasco faz cortes nos insumos e no número de plantonistas dos atendimentos de PSs na cidade, o que gera desgaste físico aos médicos que acabam tendo que trabalhar mais para atender toda a demanda. “A responsabilidade de uma superlotação de atendimentos não é culpa dos profissionais, mas sim da prefeitura que não contrata plantonistas suficientes para atender a demanda dos PSs”, explica Gatti.
O presidente do Simesp recomenda aos profissionais que relatem no livro de registro de ocorrência do plantão todos os atendimentos realizados com menos de dois plantonistas, assim como problemas que comprometam o atendimento dos pacientes ou o trabalho médico. O profissional também deve encaminhar o relato para a diretoria técnica imediatamente. “Esses registros são para mostrar que há necessidade de uma equipe completa para atender a população e que a diretoria técnica está ciente disso e para proteger o médico no caso de possíveis complicações. Caso ocorra alguma adversidade, a prefeitura é a responsável”, completou.
Outra recomendação é de que, se houver grande quantidade de pacientes para atender quando houver plantão reduzido, deve-se priorizar os mais graves. O Simesp está aberto para sanar dúvidas e receber denúncias dos médicos.
Fonte: SIMESP