A regional do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) em Ribeirão Preto, em busca de alternativa para a construção de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) para o não fechamento da Unidade Básica Distrital de Saúde Dr. João Baptista Quartin (UBDS Central), constatou haver disponibilidade de construção de um ou mais AMEs nos terrenos Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERP) e no Hospital Santa Tereza de Ribeirão Preto, já pertencentes ao governo estadual. Tal solução implicaria no uso mais eficiente recursos e em melhor utilização da verba pública. No início de outubro, o Simesp enviou ofício com a proposta para o prefeito Duarte Nogueira, mas não obteve resposta até o momento.
As informações foram levantadas durante reuniões entre a representantes da regional do Simesp e diretores dos hospitais. No terreno do HERP há uma área pronta para expansão de mais de 6.000m², suficiente para ampliar a capacidade de consultas e cirurgias necessárias para receber o AME Mais, havendo ainda disponibilidade de terreno para construção do AME do Idoso. Na área do Hospital Santa Tereza, que conta com cerca de 32 hectares (320.000m²), há ampla disponibilidade para outros empreendimentos da área da saúde, sendo que hoje já recebe a expansão do Centro Integrado de Reabilitação do HERP.
Para Helena Lugão, diretora do Sindicato, a construção de um prédio novo não demanda muito tempo se houver interesse da gestão. “É preciso que sejam tomadas medidas econômicas e com qualidade para a população. Quando o governo prioriza uma obra, ela é finalizada rapidamente. Existem AMEs no estado de SP que foram construídos em menos de dois anos, por exemplo”.
De acordo com Ulysses Strogoff, presidente da regional do Simesp, as unidades de atendimento de urgência e emergência no município estão sobrecarregadas com longas filas de espera e número de atendimentos diários acima do planejado. Esse fato pode ser observado na Unidade de Pronto Atendimento Dr. Luis Atilio Losi Viana (UPA Treze de Maio), por exemplo, que foi planejada para atender uma média de 350 pacientes por dia e realizou cerca de 615,3 atendimentos diários entre 2012 e 2017. “O fechamento da UBDS Central não desoneraria a rede, pelo contrário, traria uma sobrecarga ainda maior”, explica.
Sobre a UBDS Central
A UBDS é a única que atende urgências e emergências na região central da cidade, sendo responsável pelo cuidado e prevenção em saúde da população em praticamente todos os níveis atenção, do geral ao especializado, da odontologia à assistência social. Sabidamente é uma região com uma população vulnerável, que necessita de maior atenção das autoridades e não pode ser ainda mais prejudicada pelo fechamento da unidade. Além disso, a localização atual da unidade facilita o acesso dos pacientes.