No Centro de Saúde Rossin, funcionários relatam dificuldades desde que o equipamento quebrou há uma semana. Para não ficar sem instrumentos para curativos e consultas, os materiais são colocados em caixas até que a administração faça transferência para unidade onde há autoclave.
“Às vezes demora para vim [sic]. A gente depende de carro pra ir buscar e pra trazer. Às vezes não tem funcionário no outro serviço para fazer”, afirmou uma trabalhadora que preferiu não ser identificada ao mencionar que o procedimento não garante agilidade.
Tempo
No Centro de Saúde Santo Antônio, no Parque Vista Alegre, segundo funcionários, o aparelho está indisponível há pelo menos cinco anos. Já na unidade do Vila Rica, a máquina estaria quebrada desde que ela pegou fogo, no primeiro semestre do ano passado, de acordo com trabalhadores.
A unidade do distrito de Barão Geraldo tem equipamento parado há dois anos, e antes disso houve uma série de problemas. “O tempo todo. Eu acho que a Prefeitura não deve ter uma manutenção adequada pra troca de peças, essas coisas. Porque eles vêm, faz [sic] umas coisinhas, e aí já vai [sic] embora. De repente, no outro dia, já não está funcionando”, relatou uma funcionária à reportagem.
Quem depende dos equipamentos para trabalhar, reclama da incerteza ligada aos prazos para recebimento após esterilização nas unidades onde há autoclaves. Uma enfermeira lembra que no Centro de Saúde Rossin houve até mesmo a necessidade de cancelar a agenda de odontologia.
Usuários da rede pública de saúde criticam a situação. “Ainda mais quem está com dor ou está com uma inflamação na boca”, lamentou a auxiliar de cozinha Luciana Moreira.
O que diz a Prefeitura?
A Secretaria de Saúde alegou que fez a compra de 15 autoclaves no ano passado e que, diferentemente do levantamento feito pela EPTV, somente dez postos estão sem o aparelho. Além disso, alegou que 26 máquinas estão em manutenção e nenhum material deixa de ser esterilizado.
“A gente tem várias autoclaves que são de muito tempo de utilização, isso causa um transtorno na manutenção. Infelizmente, se a gente não tem, precisamos suspender”, falou a diretora de Saúde em Campinas, Monica Macedo Nunes, sobre reflexos provocados pela falta do equipamento.
Além disso, ela reforçou que a compra de novos equipamentos também está em andamento.
“Em torno de 60 pelo projeto do Ministério, e todas as unidades que foram reformadas ou construídas através do projeto Saúde em Ação vão receber também autoclaves. Estamos tentando agilizar o mais rápido possível, é interesse de todo mundo para ver se consegue isso.”
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há norma que obrigue os postos a terem autoclaves. Contudo, a orientação é para que os utensílios sejam esterilizados.
Fonte: G1
Foto: Reprodução / EPTV