O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) reuniu-se nessa quinta-feira (31) com a promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre, Inglacir Dornelles Delavedova, para denunciar o fechamento de leitos psiquiátricos para adolescentes que vem ocorrendo na Capital do Estado.
A situação, que descreve o verdadeiro colapso da atenção à saúde do menor, tem sido constatada dia após dia pelo Sindicato em visitas feitas ao Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS)e ao Centro de Saúde IAPI. Pacientes permanecem por dias internados em consultórios, macas e até cadeiras, nos corredores dessas unidades. A promotora, que já possui expediente sobre a situação, informou que o próximo passo seria oficiar novamente o secretário municipal de Saúde e definir quais ações podem ser tomadas, de modo emergencial, para a solução do problema.
Realidade precária
Atualmente, Porto Alegre não dispõe de estrutura adequada para atender esses pacientes, já que as emergências citadas não dispõem de leitos para adolescentes separados dos adultos. Em uma das visitas realizadas pelo SIMERS ao PACS, foi possível constatar seis adolescentes internados em cinco consultórios, sendo dois na mesma sala. “A situação é subumana”, ressaltou o diretor da entidade, Germano Bonow.