Na tarde desta quarta-feira, 30 de agosto, diretores do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e a diretora médica do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Angela Lannia, estiveram reunidos na sede do Sindicato, onde abordaram assuntos referentes aos serviços de emergência dos otorrinos e dos ginecologistas/obstetras daquela unidade da rede estadual de saúde. demanda dos otorrinos foi concluída de forma exitosa, por conta da soma dos esforços e participação dos médicos, da direção do HAM e do Simepe, com ganhos para o Estado. O corpo clínico dos otorrinos se queixava do problema de pacientes que ficavam internados no setor de urgência/emergência, sem um médico responsável (evolucionista) para acompanhá-los diariamente e evitar o desvio da função do plantonista dentro do setor de urgência. “Depois de conversas, reuniões, proposições, enfim, se chegou a uma solução bastante satisfatória. A direção do HAM e os médicos otorrinos estão de parabéns pela atuação conjunta nessa questão, com ganhos e avanços para todos”, explicou o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.
Em relação a questão dos obstetras, Calheiros disse que existe um grande problema em toda rede materno infantil do Estado de Pernambuco. As maternidades em geral apresentam déficit de escalas de plantão, superlotação e sobredemanda, além de subdimensionamento de Recursos Humanos, equipamentos e exames suplementares. No HAM, não é diferente, ou seja, demanda crescente e diminuição do número de profissionais, por conta de aposentadoria, licença e adoecimento. Resultado: o número de plantonista fica aquém do mínimo. Hoje, o HAM tem necessidade de recomposição das escalas. Foi sinalizada a possibilidade de seleção simplificada especifica para o hospital. “Trata-se de uma solução temporária, enquanto o Governo do Estado/Secretaria Estadual de Saúde (SES) realize o concurso público ainda este ano, para equacionar os problemas existentes” salientou Tadeu.
Vale ressaltar que tanto a direção do hospital como do Sindicato defendem que a escala de plantão seja de seis médicos por turno, contabilizando um número acrescido do total de profissionais de 10% para a substituição em caso de férias, licenças, doenças. É preciso ressaltar ainda que o HAM, além da superlotação, recebe pacientes de alta complexidade de todo o estado.