A mobilização dos médicos do Recife segue numa crescente cada vez maior e a categoria voltou a se reunir em Assembleia Geral Extraordinária nesta terça-feira, 26 de setembro, na Associação Médica de Pernambuco (AMPE). Insatisfeitos com a falta de evolução de contrapropostas por parte da Prefeitura, os profissionais deliberaram pela instalação de um estado permanente de greve e uma nova paralisação dos serviços eletivos para os dias 18 e 19 de outubro.
Os médicos da rede convivem com problemas como a falta de medicamentos, condições precárias e improvisadas de trabalho, insegurança nos postos de saúde e a não recomposição das perdas inflacionárias no salário.
“Há meses que estamos negociando e as propostas estão bem aquém das necessidades da categoria. A violência vem aumentando muito, são vários os relatos de roubos, agressões, furtos, agressões e até sequestro relâmpago. Mas, mesmo assim, a PCR ainda não retornou com o trabalho de vigilantes nas unidades. Além disso, a inflação do período é de cerca de 5,5%, o que compromete os rendimentos dos profissionais. Enquanto isso, a gestão municipal oferece 2%, caso consiga os índices exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, algo que – pelo que vemos na mídia – não deve ocorrer, ficando então sem perspectiva de melhoria. Isso tudo justifica essa insatisfação da categoria. O Simepe continuará lutando junto aos médicos, pois a situação de trabalho esta cada vez mais insustentável”, ressalta o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.
Uma nova AGE está marcada para o dia 24 de outubro, às 14h, na Associação Médica de Pernambuco.
Fonte: SIMEPE