O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO), que é parte na ação judicial que resultou no afastamento, pela Justiça, do secretário estadual de Saúde Marcos Esner Musafir, considera que esse afastamento deveria se tornar definitivo, obrigando o executivo estadual a nomear alguém capacitado para apontar soluções para a crise na saúde pública do Tocantins, que se arrasta há vários anos.
A entidade aponta que os graves problemas que afetam o funcionamento do Hospital Regional de Gurupi, que embasam a decisão da Justiça, se repetem em outros hospitais públicos, a exemplo do Hospital Regional de Dianópolis. Após enfrentar falta de contratação de médicos especialistas para realização os plantões e bem como o fornecimento regular de insumos e medicamentos, a unidade foi terceirizada e agoniza na crise de gestão. É tão grave a situação daquela unidade que o Conselho Regional de Medicina (CRM-TO) concluiu pela interdição ética do Hospital, em recente vistoria da qual o SIMED-TO participou.
Por fim, a entidade avalia que a crise na saúde se agrava porque o Estado não tem mais nenhuma credibilidade junto aos profissionais da saúde, não paga nem os direitos que deve e por isso o Judiciário tem bloqueado e levantado recursos nas contas do Tesouro Estadual para contornar a irresponsabilidade da gestão estadual com a vida dos