O termo Linfoma se refere ao câncer que surge nos tecidos linfáticos, tais como os linfonodos, fígado, baço e medula óssea. O problema se inicia quando um linfócito – um tipo de glóbulo branco presente no sangue – se transforma de uma célula normal, em uma célula doente. Essas células doentes podem se disseminar e provocar a formação de tumores em diversas partes do corpo.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o diagnóstico precoce de um Linfoma aumenta a chance de cura em até 90%. Devido à importância de se comentar sobre o assunto, para prevenir a doença, no calendário da Organização Mundial da Saúde (OMS) existe uma data anual, celebrada em 15 de setembro, que é Dia Mundial da Conscientização sobre o Linfoma. O objetivo é alertar a população mundial sobre os sintomas, para que procurem orientação médica ainda no estágio inicial da doença.
Segundo a médica Jandira Menezes, hematologista da equipe do Oncocentro Minas Gerais, a doença tem como principal alerta o surgimento de ínguas – sem motivos específicos, emagrecimento rápido, febre diária – principalmente à tarde e à noite, coceira e sudorese noturna, falta de ar e tosse.
Tipos e sintomas
“Existem dois tipos principais de Linfoma, Hodking e não Hodking. O linfoma de Hodgkin é responsável por 12% dos casos de linfoma, sendo caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, conhecidas com células de Reed-Sternberg. Os linfomas não Hodgkin, muito mais comuns, não têm um tipo celular característico, apresentando expressiva heterogeneidade morfológica, imunofenotípica e genética”, descreve a hematologista.
Em 2016, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou um crescimento de 5.210 novos casos de linfoma não Hodgkin (LNH) em homens e 5.030 em mulheres no Brasil. Tais valores correspondem a um risco estimado de 5,27 casos novos a cada 100 mil homens e 4,88 a cada 100 mil mulheres.
O diagnóstico é feito através da biópsia do linfonodo ou do órgão acometido. São usados para o diagnóstico, também, exames de imagem tais como tomografias e/ou PET scan.
O tratamento é geralmente baseado em quimioterapia podendo ou não ser associado a radioterapia. O transplante de medula óssea é necessário em alguns casos.
Sendo o linfoma uma doença com grandes chances de cura, é fundamental a detecção o mais precoce possível. A qualquer sinal da doença – aparecimento de nódulos, emagrecimento, febre vespertina, o individuo deve procurar imediatamente ajuda médica especializada.
Fonte: Saúde do meio
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