O ex-vereador Lavinio Nílton Camarim voltou à Câmara Municipal de Franca nesta manhã. Ele esteve no plenário para receber uma Moção de Aplausos e Congratulações concedida pelos vereadores. O médico transformou o dia de festa em oportunidade para desabafar e criticar o pouco caso com que as autoridades tratam o setor de saúde. Criticou também a crescente abertura de novas faculdades de medicina e a falta de ação do governo Alexandre Ferreira (PSDB) para conter a atuação dos falsos médicos no pronto-socorro.
A homenagem foi prestada por conta de sua atuação como médico e vereador na cidade e também pela sua eleição a presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), em votação ocorrida no dia primeiro de julho. É a primeira vez que um médico de Franca ocupa o cargo.
Lavinio foi vereador pelo PT em Franca na legislatura 2001/2004. A homenagem foi apresentada por Nirley de Souza (PP) e teve o apoio de todos os vereadores. “Doutor Lavinio é um profissional digno, correto e muito sincero. A homenagem que fazemos é simples. O senhor merece muito mais do que isto. É um orgulho para nós ter o senhor como presidente do Cremesp“, disse Nirley.
O médico disse que ficou muito grato por ter sido reconhecido pela Câmara. “Não é uma singela homenagem. É um gesto que vai marcar para sempre. Marcará mais do que uma pessoa, marcará uma geração. Meus filhos vão se lembrar para sempre desta homenagem“.
As comemorações ficaram por ai. Em seguida, o homenageado mostrou como será sua atuação à frente do principal órgão de representação médica do País. “Assumo com muita responsabilidade. Sei o tamanho e a necessidade da sociedade. Corporativismo, jamais. Não defenderei médicos que não devem ser defendidos“.
O presidente do Cremesp afirmou que avisou à Prefeitura que havia médico falso atuando em Franca durante o governo de Alexandre Ferreira, mas que providências não foram tomadas. “Eu disse, cuidado, tem médicos que não são médicos exercendo a medicina em Franca e colocando a população em risco“.
Lavinio disse que o País vai iniciar 2018 com 316 faculdades de medicina e que as autoridades não podem ser coniventes com a abertura de novas escolas sem condições. “Não podemos bater palmas. Os garotos são colocados para trabalhar sem passar pela residência médica, que é fundamental. Não podemos ser coniventes com o que vem acontecendo na área de saúde“.
Por fim, Lavinio criticou os últimos governos que administraram Franca pela falta de investimento na medicina preventiva. “Ninguém tem coragem de avançar com o Programa Saúde da Família“.