Com presença bastante expressiva, os médicos otorrinos que trabalham em regime de plantão na Emergência do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) se reuniram na noite desta terça-feira (08/08), com o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, o diretor Executivo, Walber Steffano, além do diretor de fiscalização do Cremepe, Silvio Rodrigues. A reunião com os profissionais foi bastante esclarecedora e oportuna. A questão principal em pauta foi a falta de evolucionista para pacientes que ficam internados na Emergência daquela unidade de saúde. Vale ressaltar que as urgências e emergências não são locais apropriados para internação e isso acontece devido a superlotação do serviço.
De acordo com os otorrinos em média, são quatro pacientes internados constantemente, variando de acordo com a demanda. Há relatos inclusive de oito ou nove pacientes em determinados dias da semana. “Esses pacientes precisam serem vistos diariamente para serem conduzidos, tratados e medicados até a sua alta ou uma vaga na enfermaria. A evolução dos pacientes deve ser feita por um médico responsável por esses pacientes”, explicou.
Segundo ele, quando paciente não fica a critério de um médico responsável, ficará sob a responsabilidade de um médico plantonista. “É claro que são profissionais competentes e capacitados para a condução. Porém, cada dia será um médico diferente por causa de ser um plantão diferente. Isso não é bom”, pontuou.
Tadeu Calheiros salientou que os otorrinos já vêm denunciando essa questão e tentam modificar esse sistema que, se agravou recentemente por causa de um documento formulado pela direção do HAM que obrigou os plantonistas a evoluírem, ferindo várias resoluções do CFM e do Cremepe. “O médico plantonista não deve ser desvirtuado de suas funções para evoluções de pacientes internados ou para outras atividades que não sejam o pronto atendimento das urgências e emergências”, assinalou.
Vale ressaltar que o número de procedimentos, atendimentos, cirurgias e a complexidade do serviço de otorrino na Emergência do HAM, condiz no mínimo com três profissionais por plantão (atualmente adequado). Entretanto, quando há o deslocamento de um profissional para a evolução ou outra função, com certeza haverá um desfalque temporário na equipe.
As entidades médicas e os médicos otorrinos do HAM solicitarão uma reunião em caráter de urgência até o dia 21 deste mês, com a direção do hospital e a gestão da SES, visando resolver o problema. Este é o mesmo prazo dado para que os médicos continuem fazendo a evolução dos pacientes.
Fonte e foto: SIMEPE