Um falso médico foi preso em flagrante em Breves, no Marajó. Segundo informações divulgadas pela polícia na segunda-feira, 31 de julho, o suspeito permaneceu por 21 dias atendendo no Hospital Municipal de Breves até ser descoberto.
Usando um carimbo com registro em nome de um médico regularmente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM), o preso chegou a prestar consultas e até exames periciais, como necropsia (exame em cadáver).
A informação chegou ao conhecimento dos policiais civis no sábado, quando o delegado, que acompanhava o trabalho do suspeito no Hospital, desconfiou e iniciou as investigações. A prisão dele foi realizada pela equipe policial da Delegacia de Breves. Ele foi autuado por falsidade ideológica, falsa identidade e exercício ilegal da Medicina.
“Durante o suspeito realizar um exame de necropsia em um adolescente morto, ele manifestou sinais de nervosismo e inexperiência“, explica o delegado Carlo Olavo Meschede da Silveira. O fato chamou a atenção do delgado, que passou a investigar o suspeito. Assim, a equipe policial prendeu o falso médico. Com o acusado, os policiais civis encontraram o carimbo com o registro do CRM, que é o registro obrigatório de permissão para exercer a profissão. Depois de consultar o registro do médico junto ao CRM, o delegado comprovou que o número de registro existia e pertencia a um médico registrado no CRM.
Em depoimento, o acusado alegou que é estudante do 11º período de Medina na Universidade do Estado do Pará (UEPA), em Belém. Ele apresentou diversos documentos da Universidade.
“Vamos chegar a veracidade dessa documentação“, explica o delegado Geraldo Pimenta Neto, titular da Polícia Civil na região de Breves. Ao policial civil, o suspeito alega que usou o carimbo de CRM de um amigo, que é médico, sem o conhecimento dele. Segundo o suspeito, no tempo em que permaneceu no Hospital, chegou a atender 2 mil pessoas. O acusado está preso em Breves à disposição da Justiça.
Fonte: G1 / Foto