O sócio administrador da UTI Neonatal e Pediátrica e Enfermaria Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), o Dr. Rodrigo de Freitas Nóbrega, afirmou que os médicos de sua empresa devem suspender o atendimento na unidade caso o pagamento dos salários em atraso não sejam feitos.
Em uma carta enviada ao superintendente executivo do hospital, Éder Lúcio de Souza, o sócio administrador da empresa que presta os serviços médicos na Santa Casa, o Dr. Rodrigo de Freitas Nóbrega, afirmou que a situação vem se tornando insustentável. Segundo ele, os salários dos meses de maio e junho de 2017 ainda não foram repassados.
“Encontram-se pendentes de pagamento as parcelas dos meses de maio e de junho de 2017, relativas ás contratações ajustadas nos ‘Contratos de Prestação de Serviços Médicos’, celebrados com essa conceituada associação em 01/09/2016. Não obstante os constantes atrasos nos pagamentos das parcelas mensais, não temos medido esforços para mantermos ininterrupta a prestação dos serviços médicos contratados”, disse o Dr. Em trecho da carta.
Seis médicos já pediram demissão por causa da falta de pagamentos, e o Dr. Nóbrega disse que por causa disso existe a possibilidade de não conseguirem continuar com a prestação de serviços.
“Tal situação vem se tornando insustentável, pela dificuldade de manter a equipe médica nas unidades objeto de contratação (UTI e Enfermaria). Desta forma, presta-se a presente para registrar nossa preocupação com a possibilidade de chegarmos ao impasse de não conseguirmos manter a prestação de serviços por absoluta falta de equipe médica, caso não seja regularizado o pagamento das parcelas em atraso”.
Mesmo com uma equipe médica reduzida, ainda estão sendo feitos os atendimentos de urgência e emergência.
Paralisação
A Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, junto com outros três hospitais filantrópicos de Mato Grosso paralisaram o atendimento a pacientes do SUS desde a última segunda-feira, 8 de agosto. O Hospital Geral Universitário, a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o Hospital Santa Helena e a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis alegam que a paralisação seria pela falta de repasses do Governo.
Por enquanto, os casos de urgência e emergência continuam sendo atendidos, porém há o risco de que esses hospitais fechem as portas definitivamente. A Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis afirma que está ciente da situação dos médicos da UTI Neonatal e Pediátrica, mas ainda estão em negociação com o Governo e dependem do repasse da Secretaria de Estado de Saúde para fazer os pagamentos.