Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia recentemente revelou que o brasileiro não se preocupa com suas taxas de colesterol e 67% das pessoas desconhecem os seus valores atuais. Ainda de acordo com a SBC, 300 mil pessoas morrem anualmente no Brasil em decorrência de doenças cardiovasculares, mas a população não sabe que o LDL elevado (colesterol ruim) é um dos principais fatores de risco, assim como obesidade, tabagismo e sedentarismo.
O colesterol é uma substância produzida pelo próprio organismo e encontrada em todas as células do corpo humano. Ele também pode ser adquirido através do consumo de alguns tipos de alimentos de origem animal, como carnes, ovos, leite. Quando em excesso no corpo, ele pode se acumular nas artérias causando um estreitamento e até mesmo o entupimento, processo conhecido como arteriosclerose. Esse processo pode causar dificuldade de circulação, infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC), sendo que os dois últimos estão entre as principais causas de morte em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Existem dois tipos de colesterol. O LDL é conhecido como colesterol “ruim”. Seus altos níveis no sangue formam placas de gordura que causam o entupimento dos vasos. Já o HDL é chamado de colesterol “bom”, responsável pela retirada do excesso colesterol para fora das artérias, impedindo a criação de placas de gordura.
Um simples exame laboratorial pode acompanhar os valores do colesterol, mas muitos não fazem esse acompanhamento como rotina, principalmente porque os sintomas dificilmente aparecem até que 75% do calibre de uma artéria estejam comprometidos. “O primeiro sinal da arteriosclerose pode ser a morte. No geral, a prevenção da doença começa em pacientes acima dos 50 anos ou com algum dos fatores de risco como tabagismo, sedentarismo, diabetes e o histórico familiar. São investigados também os pacientes com queixa de dor na perna ao caminhar e inchaço nos membros inferiores ao fim do dia. Por isso, é extremamente importante ir ao angiologista ou cirurgião vascular para a avaliação clínica”, explica Carlos Peixoto, presidente da SBACV-RJ.
Fonte: Jornal do Brasil
Foto: Albert Einstein