De acordo com denúncias recebidas pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), a saúde pública de Andradina passa por problemas graves, como falta de condições físicas e técnicas para o atendimento, número insuficiente de profissionais, falta de medicamentos e materiais e filas espera de quatro horas, 100% a mais do que o recomendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Devido à situação, o presidente do Simesp, Eder Gatti, estará na cidade nesta sexta-feira,14 de julho, para debater a gravidade dos problemas enfrentados pelos médicos e realizar reunião com o secretário da saúde e higiene pública, Marcelo Silva. Na ocasião, também será discutido reajuste salarial para os médicos do município.
Para Gatti, é preciso que sejam tomadas medidas urgentemente para resolver os problemas, que impactam diretamente na vida da população andradinense. “Segundo denúncias que recebemos, médicos estão atendendo quatro vezes mais pacientes por hora do que é recomendado pelo CFM, que deveria ser de três por hora. A fila de espera chega a ter quatro horas durante o horário de pico, quando o recomendado é até duas horas. Como manter a qualidade de atendimento nesses parâmetros?”, questiona. Médicos de algumas unidades também estão prestando serviços de auxiliares, como aferir pressão arterial e medir a temperatura, o que onera ainda mais o tempo de consulta.
Outra questão a ser abordada, não menos importante, é que a prefeitura está mantendo os profissionais por Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) por tempo indeterminado, “O poder público e as empresas privadas só podem usar RPA para contratações de emergência, sendo que o profissional pode trabalhar nessas condições por no máximo três meses”, afirma Gatti.