Diante do descaso da administração pública com a assistência à saúde em São Leopoldo, os médicos municipais, que seguem em assembleia permanente, decidiram entrar em estado de greve na noite de quarta-feira, 26 de julho. A principal denúncia é a falta de condições para o exercício da medicina, que expõe profissionais e pacientes.
A decisão não afetará por ora os serviços prestados, tampouco a jornada de trabalho realizada pelos servidores, mas os médicos aguardam uma solução para a questão no curto prazo.
Inúmeros problemas
De acordo com os relatos, existem unidades que operam há anos sem a existência de extintores de incêndio, enquanto em outras faltam até mesmo materiais básicos, como esfigmomanômetro, otoscópio e toalha de papel.
Outro problema frequente é a demora na realização de exames, que dificulta a resolutividade do serviço prestado. Além disso, desde o mês de março os médicos sofrem com o parcelamento dos salários, sem qualquer perspectiva de mudança.
O diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Willian Adami destaca que o objetivo da deflagração do estado de greve é chamar a atenção para os graves problemas enfrentados na área da saúde em São Leopoldo.
“Trata-se de uma realidade que afeta a população e também representa um desrespeito ao serviço prestado pelos médicos do município. As cobranças surgem a todo o momento, mas não há uma contrapartida por parte do município em oferecer melhorias”, enfatiza.