O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) repudia as recentes declarações do ministro da saúde, Ricardo Barros, contra a categoria médica.
Há duas semanas, o ministro disse que os médicos do Acre querem ganhar mais sem trabalhar o suficiente e, na quinta-feira, 13 de julho, no desespero de tentar salvar um governo que afunda em denúncias de corrupção, o ministro voltou a fazer declarações ofensivas contra a categoria afirmando que é preciso parar “de fingir que paga médico e o médico tem que parar de fingir que trabalha”.
As declarações dadas por Barros ofenderam a todos os médicos brasileiros e deixou a categoria – que tem se desdobrado para que o paciente tenha uma assistência digna – revoltada. Apesar de todo o esforço dos profissionais médicos para que o Sistema Único de Saúde (SUS) represente qualidade de vida aos pacientes, a falta de recursos para a saúde e as péssimas condições de trabalho só tem aumentado ano a ano prejudicando o trabalho dos médicos.
O Sindmepa reafirma o compromisso da categoria médica com a medicina de qualidade no serviço público que os usuários do SUS tanto precisam. Medicina esta, impedida de ser exercida em função das péssimas condições de trabalho proporcionada pela incompetente gestão do ministério da saúde.
O governo insiste em nomear ministros fruto do loteamento dos cargos públicos para atender interesses políticos partidários, a exemplo do atual ministro, que não possui formação na área da saúde e, por este motivo, não possui qualidade técnica para compreender as necessidades da saúde brasileira.
As declarações dadas pelo ministro, também fez com que várias entidades médicas de manifestasse, entre elas a Federação Médica Brasileira que sugeriu que o ministro “volte para a engenharia”, além do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira que classificou os comentários de Barros como “completamente inadequados” e “pejorativos”.