As camisinhas masculinas distribuídas gratuitamente pelo Ministério da Saúde terão nova embalagem até o final deste ano. Na segunda-feira, 17 de julho, a Pasta lançou um concurso público direcionado a estudantes de design gráfico, desenho industrial, arquitetura e publicidade para escolher uma nova identidade visual para os preservativos.
As inscrições deverão ser feitas pelo site até 7 de setembro e terá como prêmio um pacote de viagem de três dias com um acompanhante para um dos sítios do patrimônio Histórico Cultural da UNESCO, no Brasil. Será a
A proposta vencedora será conhecida no 11º Congresso Brasileiro de HIV/Aids, entre os dias 26 e 29 de setembro, em Curitiba, Paraná.
Renovar a imagem da camisinha masculina do SUS
“Com esse concurso, pretendemos criar uma identidade mais moderna e atrativa para o público, a fim de renovar a imagem da camisinha masculina distribuída no Sistema Único de Saúde. A última vez que a embalagem foi modificada faz mais de dez anos”, afirmou Adele Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV e Aids, do Ministério da Saúde.
Homens de 15-24 anos são a faixa que menos usa camisinha
Incentivar o uso de preservativos, principalmente entre os jovens, tem sido foco de campanhas de prevenção, como a lançada no Carnaval deste ano. Dados do ministério apontam que essa é a faixa etária que menos usa camisinha.
Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.
Dados da Aids no Brasil
De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualmente a epidemia de Aids no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes, com cerca de 41,1 mil casos novos ao ano.
O levantamento mais recente mostra que a epidemia de Aids tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e nos mais jovens. Destaca-se o aumento em jovens de 15 a 24 anos, sendo que entre 2006 e 2015 a taxa entre aqueles com 15 e 19 anos mais que triplicou, passando de 2,4 para 6,9 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa dobrou, passando de 15,9 para 33,1 casos a cada 100 mil habitantes.