Um grupo de sindicalistas impediu o acesso do médico Fernando Tranquilini da Silveira no Hospital São Rafael, em Salvador, na Bahia. Tudo aconteceu na sexta-feira, 30 de junho, durante as manifestações da greve geral. Fernando era aguardado para um procedimento cirúrgico de emergência.
Em vídeo divulgado na internet e nas mídias sociais, o médico relata a dificuldade enfrentada. Nas imagens, ele aparece indo para o trabalho, não conseguindo passar por uma barreira montada próxima do centro de saúde. Mesmo argumentando a urgência e apresentando documentos, os manifestantes se mostraram irredutíveis.
Em nota pública, o Conselho Federal de Medicina (CFM) manifesta repúdio contra a ação do grupo.
NOTA DE REPÚDIO
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), órgãos que zelam pelas condições de trabalho dos médicos e dos serviços prestados à sociedade, manifestam seu veemente repúdio contra a ação irresponsável de um grupo de sindicalistas que impediu, nesta sexta-feira (30), o acesso do médico Fernando Tranquilini da Silveira às dependências do Hospital São Rafael, em Salvador, onde era aguardado para um procedimento cirúrgico de emergência.
Mesmo tendo se identificado e relatado a grave situação que o esperava, o bloqueio se manteve, colocando em risco a vida de um paciente. O Cremeb e o CFM reiteram seu apoio à liberdade de expressão, mas entendem que, de forma alguma, ela pode impedir o direito constitucional de ir e vir e nem permitir situações que coloquem em risco o bem-estar de cidadãos.
Os Conselhos de Medicina expressam sua solidariedade ao médico e aos pacientes prejudicados pelo ato promovido pelos sindicalistas e pedem às autoridades responsáveis pela segurança pública no Estado da Bahia a tomada de providências para evitar outros episódios desse tipo.