A Unidade de Referência de Atenção Primária (Urap) do São Francisco, em Rio Branco, no Acre, está desde 8 de junho sem pediatra para atender a demanda de crianças que chegam ao local em busca de atendimento diariamente. A coordenação da unidade afirma que faltam profissionais disponíveis para contratação.
“Eles [Saúde Municipal] estão tentando contratar um novo pediatra, pois todos que temos na rede estão lotados e trabalhando em alguma outra unidade. Então, estão em busca de um médico nessa área para poder lotar na Urap do São Francisco”, diz o coordenador da Urap do São Francisco, Pablo Leite.
Ao site de notícias G1, o secretário municipal de Saúde, Oteniel Almeida, diz que o órgão já fez ao menos três concursos para contratação de pediatras. No último foram disponibilizadas 12 vagas, segundo ele, mas não houve procura dos médicos. Para atender a demanda, a partir do dia 1º de agosto, a Urap do São Francisco vai entrar no sistema de rodízio já existente em outras unidades e que conta com sete profissionais.
“Vamos usar os profissionais que temos para fazer esse atendimento itinerante, tanto na área de pediatria como ginecologia. Infelizmente, o primeiro fator que causa essa falta é que não temos toda essa disponibilidade de profissionais na cidade. A outra, é que, de alguma maneira, a prefeitura ainda não consegue atender a expectativa que esses médicos têm em relação ao salário que tiram no consultório particular, por exemplo. Esse é um problema que não temos com clínicos gerais”, afirma o secretário.
O coordenador da unidade diz que o único pediatra que atuava no local saiu, pois teve que optar por um dos dois contratos que mantinha com a Saúde. Leite explica que as pessoas que procuram atendimento para crianças são referenciadas por segmentos, onde há profissionais do programa Mais Médicos capacitados para atender adultos e crianças.
“Então, estamos encaminhando para unidades próximas e também de referência como nos bairros Vitória e Adalberto Aragão que ainda faz parte desse segmento de saúde. A Saúde está na busca do profissional, a vaga está garantida, mas precisamos achar essa pessoa”, diz.
Leite nega, no entanto, denúncias de que faltam seringas e lâminas para aparelhos de medição da glicose. Segundo ele, os materiais estão chegando regularmente na unidade. “Isso não está em falta. Qualquer pessoa pode vir aqui e verificar”, finaliza.