Pacientes reclamam do mau atendimento no Hospital Geral de Taipas, na Zona Norte de São Paulo. Há macas espalhadas pelos corredores com pacientes sendo medicados, idosos sendo mal tratados e criança que não são atendidas. A Rede Globo flagrou o descaso entre a madrugada e a manhã de quarta-feira, 28 de junho.
O hospital, que é administrado pela Secretaria Estadual da Saúde, atende os bairros de Perus, Jaraguá, Pirituba e Vila Brasilândia. O Hospital Geral de Taipas disponibiliza em sua página na internet um “novo conceito de hospital público” e diz que a unidade possui 220 leitos para internação.
A subgerente Renata Costa exibia o raio-x da filha de 3 anos com o braço quebrado, mas foi embora do hospital sem nenhuma imobilização e com a criança sentindo dores. “Desde ontem minha filha caiu e a gente precisa colocar o gesso, mas não tem gesseiro desde ontem.”
O enteado do ajudante-geral Adenilson Braga precisava trocar o curativo e ser examinado pelo médico, mas saiu sem atendimento. “A gente sai de casa cedo, levanta cedo pra trazer o paciente pro hospital pra ser atendido e eles alegam que o médico sofreu um acidente e não pode comparecer, sendo que tem bastante medico e nenhum pode avaliar o pé dele. Isso pra mim é um absurdo mesmo“, reclama.
Os acompanhantes dos pacientes são obrigados a carregar as macas e tem discussão entre familiares de pacientes e funcionários do hospital.
De acordo com a dona de casa Érica Watanabe, ela foi cobrara agilidade no atendimento da mãe que estava passando mal. “A minha mãe tá vomitando sangue, entendeu? Já faz hora que eu tô aqui.”
A cozinheira Luciana dos Santos foi reclamar na ouvidoria do hospital. Ela conta que a sogra dela, de 67 anos, quebrou a bacia e está há dias sem tomar banho.
“Não tem pijama, tem dia que falta cobertor, tem dia que falta lençol. Aí você chega na ouvidoria e tem que esperar, você chama a enfermeira que a pessoa está toda de xixi com a fralda saturada, eles viram pra você e falam: ‘daqui a pouco o enfermeiro vê. Três horas depois a pessoa continua de xixi.”
De acordo com o coordenador de saúde, Antônio Jorge Martins, é difícil aumentar o número de leitos, por causa da estrutura do hospital. Irão tentar agilizar a transferência para outros hospitais.
A falta de gesseiro será apurada e a falta de atendimento no pronto-socorro, já que os dois médicos do plantão estavam presentes.