Um falso médico que se identificou como “dr. Luiz Carlos” telefonou para familiares de dois pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande, São Paulo, para lhes pedir dinheiro.
Desconfiados de que se tratava de golpe, os parentes não realizaram os depósitos solicitados, nos valores de R$ 1,8 mil e R$ 1,5 mil, por meio da moeda virtual bitcoin. A Polícia Civil investiga as tentativas de estelionato.
Em uma das investidas, o falso médico pediu R$ 1,8 mil. Ele alegou que a paciente contraiu uma infecção grave e os resultados de exames no Irmã Dulce demorariam mais de sete dias. Devido ao risco de morte nesse período, o golpista pediu o dinheiro para examiná-la de imediato em hospital particular.
Na outra tentativa de golpe, “dr. Ricardo” quis R$ 1,5 mil para custear supostas despesas de remoção do paciente até um hospital, onde ele seria submetido a procedimentos não disponíveis no Irmã Dulce.
O estelionatário utilizou nessas ações o mesmo número de celular, de prefixo 13, que é da região. Em outros golpes, falsos médicos entraram em contato com parentes de pacientes do Irmã Dulce usando linhas dos prefixos 65 e 66, que são de municípios do Mato Grosso.
A direção do hospital realiza trabalho preventivo no sentido de alertar familiares de pacientes a não realizar qualquer tipo de pagamento, porque o Irmã Dulce é público e, portanto, nada cobra. Ela também apura como dados de doentes e seus parentes chegaram ao conhecimento dos estelionatários, que se aproveitaram do momento de fragilidade das vítimas para tentar enganá-las.