Com um intervalo de pouco mais de 24 horas, o Rio Grande do Sul voltou a registrar um novo caso de violência em unidades de saúde e seus entornos. O 19º episódio, conforme levantamento do Sindicato Médico do RS (Simers), ocorreu na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Lajeado, no Vale do Taquari, na segunda-feira, 26 de junho. Um preso do Presídio Estadual de Lajeado, levado para atendimento no local, foi resgatado por comparsas após troca de tiros. Um agente penitenciário foi levado como refém pelo bando e solto horas mais tarde em outro município.
Simers defende criação de serviço específico
O Sindicato defende a criação de um serviço específico para o atendimento médico de detentos. O presidente da entidade Paulo de Argollo Mendes ressalta que médicos e pacientes não podem ser expostos a situações como a registrada em Lajeado e um outro caso ocorrido em Porto Alegre no domingo, 25. “Em pouco mais de um dia vemos um preso sendo resgatado de uma UPA em Lajeado e um indivíduo aparecendo próximo a um posto da Vila dos Sargentos, em Porto Alegre, esquartejado e decapitado. A violência que ronda os postos de saúde está em um nível absolutamente intolerável. E a prática de levar criminosos a postos do Sistema Único de Saúde precisa ser imediatamente revista”, pondera.