FMB repudia comentários de Ricardo Barros contra médicos brasileiros
A Federação Médica Brasileira (FMB), entidade representativa de médicos em todas as regiões do País, repudia a agressão verbal promovida pelo ministro da Saúde Ricardo Barros, em visita a Rio Branco, no Acre.
Em encontro realizado na Associação dos Municípios do Acre (Amac), no dia 26 de junho, o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Ribamar Costa, manifestou-se em nome da entidade e dos médicos de seu Estado, por melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS), com a disponibilidade de mais medicamentos para a população, implantação da carreira de estado para médicos, maior agilidade na conclusão de obras na área da saúde e protestou contra a violência que tem vitimado além dos médicos, servidores da saúde e pacientes.
Sem saber lidar com a realidade do caos da Saúde em todas as regiões do país, Ricardo Barros apelou para o discurso raso e sem embasamento de que os médicos estão preocupados em ganhar mais sem trabalhar o suficiente, o que justificaria para o ministro da Saúde, as agressões, assaltos à mão armada, arrastões e até mesmo ferimentos a bala que são registrados rotineiramente em unidades de saúde.
Por sua formação profissional não o ter preparado para atuar na área da saúde, Ricardo Barros mostrou em seu discurso ser mais conveniente culpar os médicos pela falta de estrutura, de recursos humanos, de laboratórios, de equipamentos para exames de imagem, de leitos decentes e condizentes para a realização de um tratamento de saúde, de medicamentos e de alimentos para os pacientes.
Ao ministro da Saúde, a Federação Médica Brasileira confidencia que os problemas de saúde não são culpa dos médicos, demais profissionais da saúde e muito menos do cidadão que tem por direito, acesso à saúde pública e de qualidade.
A incompetência sequencial de gestores públicos, mais preocupados em fazer politicagem e com dedicação explícita à corrupção, somadas à falta de profissionais e de estrutura que garanta condições adequadas de atendimento, são os itens primários desse caos instalado na saúde pública brasileira.
Por fim, a FMB reforça seu compromisso de não compactuar com posturas e discursos políticos que afrontam e desrespeitam os dedicados médicos e demais trabalhadores da saúde.
28 de junho de 2017
Federação Médica Brasileira – FMB