A insegurança que ronda as unidades de saúde de todo o Brasil preocupam os profissionais que trabalham na área. Estão cada vez mais crescentes as denúncias de desacatos e agressões aos servidores públicos que são penalizados, junto com a população, pelas constantes violências físicas e verbais.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, na manhã de segunda-feira, 5 de junho. Mais um centro de saúde, no bairro Nazaré, amanheceu fechado em sinal de protesto e indignação pelas agressões ocorridas aos funcionários da unidade na última semana, quando foram registrados dois novos casos de violências físicas. A unidade só voltou a funcionar normalmente após a presença da guarda municipal.
Outro episódio de violência foi registrado na madrugada de terça-feira, 6 de junho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No Pronto Atendimento da Vila Cruzeiro do Sul (PACS), um homem invadiu o saguão e houve troca de tiros. Segundo informações preliminares, o homem tentou roubar a arma de um vigilante terceirizado. O PACS, desde janeiro deste ano, não conta mais com a vigilância da Guarda Municipal, mesmo sendo um dos locais onde seguidamente ocorrem fatos semelhantes.
Com a ocorrência, o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers), contabiliza 16 ocorrências dentro ou no entorno de hospitais e postos de saúde no Estado em 2017. Do total, metade dos casos foram registrados na Capital. Desde 2014, conforme levantamento do Sindicato, foram 78 ocorrências no Estado. Em Porto Alegre, este é o 50º caso no período.
As médicas vinculadas à Policlínica Arnaldo Marques, no bairro do Ibura/Recife, em Pernambuco se reuniram com o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco para relatar a insegurança que sentem na unidade. Um sequestro-relâmpago de uma servidora foi registrado dentro do estacionamento da Policlínica. O problema já é antigo e, quase que, diariamente causa lamentáveis incidentes nos locais de atendimento da rede municipal do Recife.