Um estudo internacional avaliou a qualidade e o acesso à saúde no Brasil com a nota 64,9, em 89º lugar dentre 195 países. A pesquisa se baseia na ideia que é possível avaliar os serviços de saúde através do número de mortes por doenças “evitáveis” com o tratamento médico adequado, como tuberculose, infecções respiratórias, sarampo, câncer de útero, apendicite, entre outras.
Foram consideradas 32 doenças consideradas “evitáveis”. Em relação a doenças que podem ser prevenidas por vacinação, como difteria, coqueluche, tétano e sarampo, o Brasil possui notas acima de 90. Porém, recebeu notas baixas em infecções respiratórias inferiores (43), distúrbios neonatais (41), Leucemia (46), doenças biliares e da vesícula (44) e doenças renais (48).
O Brasil fica atrás de vizinhos da América Latina como Chile (76), Uruguai (72), Peru (70) e Argentina (68). Em relação aos colegas dos BRICS, a saúde brasileira é melhor avaliada que a da África do Sul (52) e da Índia (45), mas fica abaixo da China (74) e da Rússia (72).
O país com o serviço de saúde melhor avaliado pelo estudo é Andorra, com 94,6, e, o pior, é a República Centro-Africana, com 28,6. A pesquisa, publicada no periódico médico The Lancet em 18 de maio, analisou dados de 195 países de 1990 a 2015, sem diferenciar o serviço público e privado de cada país.