pronto atendimento do Hospital São Marcos, em Nova Veneza, no Sul de Santa Catarina, voltou a funcionar às 7h da manhã desta sexta-feira, 5 de maio, após quase dois meses fechado. A prefeitura informou que pelo menos nos primeiros 30 dias o serviço será apenas gratuitos a moradores da cidade. Os demais devem pagar R$ 50 por consulta.
O metalúrgico Elson Camilo de Campos trabalha em Nova Veneza, mas mora em outra cidade da região. Ele procurou o hospital nesta manhã por um machucado no pulso, mas se surpreendeu com o valor da consulta e teve de buscar outro local para atendimento.
“O que foi passado para mim é que só o munícipe pode ser atendido e pessoas de fora têm que pagar consulta R$ 50. Vou ter que ir em outro hospital, procurar outro lugar para poder resolver meu problema“, disse o metalúrgico.
A justificativa para a cobrança é que ainda não foi feito o contrato de atendimento no local pelo Sistema Único de Saúde (Sus), o que deve levar 30 dias.
A expectativa é atender cerca de 50 pessoas por dia neste primeiro mês. O número deve dobrar após o contrato.
Fechamento da unidade
O hospital foi fechado no dia 6 de março, depois do cancelamento do contrato com o Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV), que administrava a unidade, em razão do atraso de três meses no salário de quase 20 médicos.
Foi feito um contrato de quatro meses com o Instituto Corpore para a gestão do hospital. Em 30 dias, toda a unidade deve reabrir. O pronto-atendimento vai funcionar 24 horas por dia a partir desta sexta, segundo a prefeitura.
Recursos para o hospital
Durante o contrato de quatro meses com o Instituto Corpore para a gestão do hospital, a prefeitura vai repassar R$ 463.299,64, em quatro parcelas de R$ 115.824,91. Os recursos são do Fundo Municipal de Saúde.
Enquanto o restante do hospital não reabre, o instituto fará um estudo sobre a estrutura da unidade. “Vamos fazer um levantamento de toda a estrutura física do hospital, os equipamentos e se os leitos estão aptos a receber os pacientes para atendimento. E creio que em no máximo 30 dias o hospital esteja aberto. Nós vamos levantar também toda a documentação que é exigência do Estado para fazermos a contratualização e trazermos mais serviços para o São Marcos”, afirmou o presidente do Instituto Corpore, André Luís Ulrich.
Após os quatro meses, será feito um chamamento público para contratar uma organização para gerenciar o hospital de forma permanente.