Segue o impasse entre médicos e a Prefeitura de Caxias do Sul, na serra gaúcha. Os profissionais estão em greve desde o dia 17 de abril. É a terceira paralisação da categoria neste ano.
Desde o dia 17 de abril, conforme a prefeitura, cerca de 15 mil consultas foram canceladas e tiveram que ser remarcadas. Segundo o Executivo, porém, a adesão à greve foi caindo neste mês.
De acordo com os dados, no primeiro dia, 75 médicos não compareceram ao trabalho. Na quarta (17), dos 129 profissionais escalados, 23 não foram trabalhar nas 47 Unidades Básicas de Saúde, além do Centro Especializado em Saúde e o Cais Mental. A adesão é de 17%.
Os representantes dos médicos, porém, discordam desses números. Em março, segundo o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers), a paralisação durou três dias. Os profissionais se recusavam a registrar a entrada e a saída do trabalho em relógio-ponto, e cumprir a carga horária de 20 horas por semana.
Depois teve outra paralisação de cinco dias, por aumento de salário. A prefeitura aceitou pagar uma gratificação, mas fez duas exigências. Uma delas era cumprir uma meta diária de atendimentos.
Pela proposta da prefeitura, depois de cada consulta, os pacientes seriam convidados a preencher uma ficha de avaliação. Os profissionais classificados como “muito bom” ou “excelente” estariam aptos a receber um percentual a mais no salário. A proposta não agradou a categoria.
A última mobilização começou no dia 17 de abril. Na Justiça, tramitam vários processos a respeito da questão da greve, e um deles trata sobre o desconto na folha de pagamento dos médicos. A prefeitura já descontou cerca de R$ 400 mil dos salários dos profissionais por faltas sem justificativa.
A negociação entre os dois lados não avança e não há previsão para a greve terminar.