Durante reunião com o secretário de Saúde de Osasco, José Carlos Vido, na terça-feira, 25 de abril, médicos reclamaram da meta imposta pela Secretaria de que os profissionais atendam cinco pacientes por hora.
“Os médicos temem que isso cause sobrecarga de trabalho e precarize as consultas, ou seja, cada consulta deve durar apenas 12 minutos, tempo insuficiente para atender os pacientes e dar o devido encaminhamento”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti. Essa foi a primeira reunião da mesa de negociação permanente pleiteada pelo Simesp.
Durante o encontro, os médicos assinalaram que a rede de saúde de Osasco está sucateada e acumula várias dificuldades. Foram abordados problemas como infiltrações, computadores sem funcionar, número insuficiente de salas para atendimento e falta de equipamentos como balança pediátrica, oftalmoscópio, otoscópio, termômetro, fita métrica etc.
O Simesp, juntamente com os médicos da comissão, fez uma proposta de sistematizar os problemas estruturais e materiais que afetam o trabalho médico e entregarão na próxima reunião, já agendada para o dia 23 de maio.
Em contrapartida, o secretário reconheceu os problemas e falou sobre a dificuldade orçamentária para resolver tudo em um curto prazo de tempo. Segundo ele, existem três processos licitatórios em andamento para a reforma do PS Santo Amaro, do OS Pestana e da UBS Olaria. Também está em processo de licitação a contratação de uma empresa terceirizada que fará a manutenção das unidades, mas ainda não há nada acertado.
Reajuste do prêmio incentivo
A secretaria também pretende propor projetos de lei para reajustar o valor prêmio incentivo. “Os médicos gostariam entender como se dará a regulamentação do pagamento dessa gratificação. O ideal seria que o prêmio fosse incorporado ao salário”, ressalta Gatti.
Os médicos irão elaborar uma proposta da categoria para essas questões, que será apresentada na próxima reunião da mesa de negociação permanente.