O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) emitiu uma nota nesta segunda-feira, 24 de abril, falando sobre o novo caso de agressão, agora na Policlínica Lessa de Andrade.
Faltam palavras para definir ou mostrar o quanto está perigoso ser um profissional de saúde na rede municipal do Recife. Semanalmente, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) vem a público para noticiar relatos de violência contra os trabalhadores, independente de qual região da cidade eles atendam. Quem luta para salvar vidas, hoje teme até pela sua própria. A cada nova semana, novas cobranças também são feitas para a gestão municipal sobre esse cenário caótico e amedrontador, mas as respostas não são concretas, enquanto a rotina assustadora tira a paz dos profissionais e pacientes.
Assim como em momentos anteriores, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, mais uma vez, é a porta de entrada de um novo e triste relato de insegurança. A vítima desta feita é uma médica que atende na Policlínica Lessa de Andrade, localizada no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife. Ela procurou o Simepe e informou que foi agredida verbalmente por uma pessoa que utiliza o estacionamento da unidade de forma indevida, prática comum no local e em outras importantes policlínicas do município, como a Barros Lima, em Casa Amarela, além dos hospitais Geral de Areias (HGA) e Helena Moura.
No local, não há garantia de vagas para os veículos dos profissionais, controle de entrada, aliado a problemas de segurança comuns a toda a rede, como a falta de porteiros ou vigilantes. Para o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, o cenário é lamentável e mostra que a rede do Recife está passiva de presenciar uma tragédia ainda mais grave. “É inadmissível, inaceitável, a situação está insustentável. Será que vai ser preciso os profissionais pararem de atender para que a prefeitura tome alguma atitude? Volte os vigilantes? Vai ser necessário ocorrer uma tragédia ainda maior, seja com servidores ou com os usuários? Isso porque assalto a mão armada já houve, assim como ameaças e agressões. Então, o que está se esperando acontecer? Uma medida será tomada agora ou, infelizmente, como ocorre rotineiramente no nosso país, ela será tomada apenas após tragédias que poderiam ter sido evitadas? Não dá para esperar mais, não podemos ficar calados. Exigimos posicionamento dos gestores e o mínimo de condições e segurança para poder efetuar o nosso trabalho com dignidade”, cobra.
Sobre este cenário, o Simepe tomará mais uma postura de luta em favor de sua base. Um ofício será encaminhado para a direção da unidade, solicitando medidas de controle de acesso e segurança para servidores e usuários da Policlínica Lessa de Andrade. O documento também será encaminhado por meio de cópia para o secretário de saúde do Recife e para o prefeito da cidade, Geraldo Julio.
O Simepe ainda reitera que uma grande Assembleia Geral Extraordinária com os médicos do Recife está marcada para o dia 03 de maio, a partir das 14h, e a insegurança é um dos pontos prioritários da pauta de reivindicações. A AGE será realizada no auditório da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), localizado na Rua Oswaldo Cruz, 393, bairro da Boa Vista. Sua presença é fundamental.
Fonte: Simepe